Tríplice fronteira teve “maior impacto” do planeta com a pandemia de covid-19

Conclusão de um trabalho publicado pelos pesquisadores argentinos Jorge Deschutter e Sergio Gabriel Viudes, num livro publicado pela editora brasileira Argos Chapecó (SC): “O maior impacto da pandemia foi nesta região do planeta” (a tríplice fronteira).

O livro reúne especialistas brasileiros e argentinos (além dos dois, os acadêmicos Reinaldo Antonio Silva, Adriana Zilly, Rosane Meire Munhak da Silva, Marcos Augusto Moraes Arcoverde, Pedro Fredemir Palha e Angela Sobral Bernardi), conforme noticia a agência oficial do governo argentino, Télam.

O cenário escolhido para a análise de como o isolamento social e o fechamento das fronteiras afetaram a saúde e da economia e da região da fronteira internacional se concentrou em Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú. Foram ouvidas pela pesquisa 2.510 pessoas, majoritariamente mulheres que atuam no setor educacional.

A enquete, feita entre 10 e 13 de abril de 2020, trouxe como resultado que, para 41,9% dos ouvidos, o fechamento da fronteira afetou negativamente a entrada de recursos, com possibilidade de desemprego (a pesquisa foi feita no auge da pandemia).

SERIA PIOR

Mesmo com esta situação crítica, 89% concordaram que o número de doentes teria sido ainda maior se as fronteiras não estivessem fechadas.

Para 63,7%, os serviços de saúde não estavam preparados para enfrentar a pandemia; 63,4% disseram sofrer de ansiedade; e 75,6% dos trabalhadores do comércio tiveram mudanças nos ganhos.

Nas conclusões do trabalho, o informe mostra que houve uma grande alteração nas estatísticas da população estudada, em relação a alterações físicas e mentais, com relatos de depressão e doenças e dores físicas que não existiam anteriormente. Na economia, queda no consumo e vendas, que resultou na perda de emprego e dos ganhos familiares.

PESADELO

Em resumo, como disse Sergio Gabriel Viudes, a pandemia mudou radicalmente a vida na comunidade de fronteira. Com o que todos nós concordamos.

Foi um pesadelo que, embora ainda existam casos mundo afora, parece que terminou e voltamos à normalidade, a duras custas.

Mas o trauma maior já passou. Ficaram só as (más) lembranças.

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