Ex-“patinho feio” surpreende. Paraguai é “nova terra prometida”, segundo argentinos

Veja este número: de cada 110 apartamentos no Paraguai, 7 são comprados por argentinos, atraídos pela estabilidade política e econômica, impostos baixos e previsibilidade.

O que se traduz em lucro: ao alugar um apartamento em Assunção, o retorno para o proprietário varia entre 7% e 9% do investimento inicial. Em Buenos Aires, fica em 1%.

É por isso que, do total de imóveis construídos nos últimos 10 anos, no Paraguai, 35% foram investimentos argentinos.

É claro que Assunção é onde mais se concentram os investimentos dos hermanos. Mas há outras regiões que também são atraentes.

O jornal Clarín, de Buenos Aires, que fez um amplo levantamento sobre os investimentos imobiliários de argentinos no Paraguai, divulgou os dados numa reportagem intitulada: “A nova terra prometida: o país vizinho que não para de atrair investimentos argentinos”.

O jornal Última Hora, de Assunção, reproduziu o texto, com o título ligeiramente alterado para “Investimento argentino vê o Paraguai como a nova terra prometida”.

Entre tantas outras vantagens comparativas, na escolha de investir no mercado imobiliário de Buenos Aires ou de Assunção, o Clarín destaca ainda mais duas ou três.

Uma é o preço por preço quadrado, de US$ 1.300 em Assunção contra US$ 2.275 na média da capital argentina.

A renda que o argentino obtém com aluguéis dos apartamentos que adquire é em guaranis, destaca o Clarín, mas é como se ganhasse em dólares, “porque existe liberdade cambial e, atualmente, o guarani é uma moeda estável que não perdeu zeros ao longo do tempo”.

Quanto aos investidores, existem tanto aqueles de renda mais baixa, com foco em apartamentos de no máximo US$ 200 mil, até os que buscam unidades de luxo. E encontram no mercado de Assunção o que procuram com facilidade.

MAS E A CRISE?

É claro que, neste mercado específico, dos imóveis, o argentino tem toda razão em investir, sem medo do futuro. Mesmo porque a economia paraguaia – e sua moeda – oscila pouco para baixo, nas crises, e geralmente teve bons resultados nos últimos anos.

Embora em 2022 o país tenha sofrido uma queda no Produto Interno Bruto, principalmente pelas perdas agrícolas provocadas pela seca, a expectativa é que feche 2022 com um leve crescimento de 0,2%.

E o guarani, assim como quase todas as moedas do mundo, sofreu desvalorização. Mas bem menor que em outras economias. Inclusive a brasileira (nem se fala de Argentina…)

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