De olho no mosquito. Ainda há gente que dá chance pra dengue aparecer
O Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), feito pelo Centro de Controle de Zoonoses, mostrou que 0,74% dos 4.876 imóveis vistoriados apresentavam Índice de Infestação Predial de 0,74%, considerado de baixo risco ara epidemia de dengue.
Mas outro indicador, o Índice Predial de Armadilhas, foi de 09,6%, considerado de alto risco.
O LIRAa foi feito entre os dias 29 de agosto e 2 de setembro deste ano, referente ao ano epidemiológico 2022/2023, iniciado em agosto. O IPP demonstra que, em relação aos imóveis, menos de uma a cada 100 residências vistoriadas continha criadouros do vetor.
No entanto, em 1uase quase 10 de cada 100 armadilhas lidas foram capturados mosquitos transmissores da dengue.
DESCASO
De acordo com a análise do CCZ, em conjunto com a Diretoria de Vigilância em Saúde, os resultados mostram que, em relação ao último LIRAa, realizado em maio deste ano, houve uma queda na captura das duas fases do mosquito (adulta/larva) nas amostras verificadas. Ainda segundo a análise, os índices obtidos neste último LIRAa são próximos aos encontrados em setembro de 2021.
“Boa parte das amostras foram encontradas em locais onde, infelizmente, há a falta de cuidado da população, com descarte irregular de lixo e manutenção de recipientes com água parada”, destaca a diretora do CCZ, Renata Defante Lopes.
“Os resultados do LIRAa são fundamentais para que possamos orientar nosso plano de ação para a prevenção e combate aos focos do mosquito transmissor da dengue. Desta forma, obtemos os locais onde há o maior risco e devemos focar nosso trabalho”, explica Renata.
Até o dia 20 de setembro, foram notificados 1.273 casos suspeitos de dengue em Foz do Iguaçu, dos quais 58 foram confirmados.
Dengue, chikungunya e febre do Zika vírus pertencem ao rol das Arboviroses, doenças causadas por vírus, sendo transmitidas pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. A dengue constitui na atualidade, em nível global, a mais importante arbovirose em termos de morbidade, letalidade e implicações econômicas.
A região de Foz do Iguaçu é considerada endêmica, por este motivo devemos estar sempre em alerta e mantermos os cuidados básicos para a prevenção de focos do mosquito transmissor da doença.